domingo, 27 de junho de 2010

Mia Couto

Mia Couto é considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique. Por isso mesmo “muitos dos livros de Mia Couto foram publicados em mais de 22 países e traduzidos em alemão, holandês, sueco, norueguês, francês, espanhol, catalão, inglês e italiano”.

Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué. [...] Presentemente é empregado como biólogo no Parque Transfronteiriço do Limpopo (Wikipédia, a enciclopédia livre).

Isso faz de Mia Couto um dos maiores escritores da Africa, engrandecendo um continente que sofre com o racismo e desvalorização.

Agostinho Neto


Para conhecer a literatura angolana, é preciso conhecer a poesia de Agostinho Neto.

A poesia de Agostinho Neto é uma poesia engajada que apresenta as imagens poéticas das vivências do homem angolano. Mas ele não fala só do passado e do presente, mas também da busca, da preparação do futuro. Além da necessidade de lutar, de sonhar, de lutar pela independência. É preciso lutar por uma nova Angola, reconquistar a identidade angolana apesar da presença do colonizador.

José Craverinha




José João Craveirinha (1992 – 2003) nascido em Maputo iniciou a sua carreira como jornalista e escritor em "O Brado Africano", e colaborou/trabalhou com diversos órgãos de informação em Moçambique. Teve um papel importante na vida da Associação Africana a partir dos anos 50 onde participou da resistência anticolonial. Esteve preso pela Pide, de 1965 a 1969, na celebre Cela 1 com Malangatana e Rui Nogar, devido sua militância anticolonial.

Tem muitas obras publicadas, porém grande parte da sua poesia ainda se mantém dispersa na imprensa e outras permanecem inéditas não tendo sido incluída nos livros que publicou até à data. Craverinha é considerado um dos grandes poetas da África e da Língua Portuguesa sendo considerado uma das vozes literárias mais influentes de Moçambique. Sua poesia tem uma dicção telúrica na qual busca expressar as múltiplas faces culturais de seu país.

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Florbela Espanca

Nasceu no dia 8 de dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo, foi batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição. O seu pai era João Maria Espanca que era casado com sua madrasta, Mariana do Carmo Toscano a qual não podia ter filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, mãe biológica de Florbela e seu irmão, Apeles.

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Fernando Pessoa


Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, morreu em 1935, e poucas vezes deixou a cidade, mas passou nove anos de sua infância em Durban, na colônia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Pessoa, que tinha cinco anos quando o seu pai morreu de tuberculose, tornou-se num rapaz tímido e cheio de imaginação.

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José Saramago


José de Sousa Saramago nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses, há pouco tempo no dia 18 de junho de dois mil e dez o mundo recebe a triste notícia de sua morte. Acuminado por doenças diversas devido a sua idade 87 anos, não resiste e se despede deixando uma trajetória singular como escritor.
Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.

Iniciou sua atividade literária em 1947 aos 25 anos, com o romance Terra do Pecado, mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e permaneceu até 1970 - nessa época, Saramago era funcionário público; em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986, ao lado da qual viveu até a morte. Só voltando a publicar (um livro de poemas) em 1966.

Por: Francisco Neto Reis da Costa

Álvaro de Campos



No dia 8 de março de 1914, Fernando Pessoa apresenta ao mundo três poetas diferentes: 

Alberto Caeiro: um mestre bucólico.
Ricardo Reis: um neoclássico estóico. 
Álvaro de Campos: um poeta futurista.

Fernando Pessoa estabelece um diálogo com diferentes personagens que não se conhece, ou seja, se dá em nível literário, de personalidade complexa, conseguiu encontrar a forma de expressão para cada eu existente no seu eu, com a criação dos heterônimos.
 Em Álvaro de Campos, encontramos como constância temática a expressão da dúvida e a consequente angústia do existir. Vivendo poeticamente os conflitos que a modernidade lhe impõe, a questão da criação poética traduz, antes, um conflito íntimo, pessoal. A dor do viver migra para o escrever. A escrita, consequentemente, diz os dramas do existir. O fazer poético para Álvaro Campos é, em essência, a expressão dos conflitos intrínsecos à existência humana.
Por: Valéria Fragata

Luís Vaz de Camões

Falar da poesia portuguesa e não mencionar o nome do célebre poeta Camões é cometer injustiça irreparável com a história da literatura e da poesia de Portugal e, por que não dizer, do mundo. Afinal, são inúmeros os seus escritos e as histórias que rodam o mundo sobre a obra camoniana, o que já denota logo de início que se trata de um gênio da poesia.
Resumir um pouco de sua obra constitui um desafio, pois se torna muito difícil sintetizar um número tão grande de poemas e de parte da personalidade marcante desse herói português. Mas, é importante que se conheça um pouco da genialidade de Luís Vaz de Camões, posto que a poesia brasileira bebeu e ainda bebe nas fontes portuguesas.A riqueza cultural portuguesa deve grande parte de seu legado a esse herói, que em vida se queixava de não ter sido reconhecido pelo seu país. Nesse sentido, postam-se a seguir um pouco da biografia, das obras e principalmente da poesia camonianas.